- Um copo de vento, por favor!
Disse um jovem ao dono do bar escuro, que prontamente lhe entregou o recipiente cheio daquela serenidade em movimento e disse:
- Bom para levar embora a água salgada que cai!
Virou o copo de uma só vez.
- Pronto. A tempestade foi embora, o chão da rua seca, e o sol está nascendo.
Continuou o senhor, dono do bar.
O jovem abriu a porta. Ao passar para o lado de fora do estabelecimento, percebeu o embuste.
O vento estava derramado no chão. Espalhando-se pela calçada, já corria pelo meio fio.
A tempestade não havia passado. Estava escondida no fundo do copo. Foi engolida como água, vento e imensidão.
Estava dentro, e todo o resto, estava fora.
Tempestade na garganta
ResponderExcluirPalavras derramando ventania
Furacão acolhido no peito
A brisa? Cadê?
Dentro das tempestades, gritos
ResponderExcluirrevoluções, voltar, capital, Marx,votar,mercadorias,rodopiar
eu fico então com as revoluções da brisa
que quase como uma dança envolve
E na brisa olho para outro,e o outro em mim
e no olhar a tempestade grita
e as revoluções acontecem
Tatiana Monte
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