vôo

De onde não havia saída. De onde não há-via os vãos, as passagens. Só espaço incolor a ser preenchido num momento desconhecido - e mesmo assim, se. Era a vertigem do susto, abismo-quase-alucinação, quando o mundo silenciou em círculos esfumaçados. Alguma ânsia não reconhecida e o corpo que corria por dentro, fugitivo imóvel. Olhos vazados em compulsão; apoios falsos em torno do vento. Respirou sem ar. De onde não havia mais, escapou nunca, até dormir em pequenos tremores atônitos à espera vazia de que parasse de girar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Neste jogo autoral não são permitidos comentários aos textos. Este formulário de comentários deve ser utilizado exclusivamente para postar textos autorais ou de autoria de terceiros, inspirados diretamente na (ou lembrados a partir da) postagem a ser comentada. E mesmo os que não estejam cadastrados como jogadores-autores podem postar textos nos comentários. Contamos com a colaboração de todos para o bom andamento do jogo.