A ausência era seu par. Para ela dava colo, consolo, cuidado. Saiam para passear de mãos dadas. Visitavam bosques, museus, cinemas, espetáculos dos mais variados. Bebiam vinho. Preferiam comida japonesa com shoyu light. Ele e ela, a ausência, sempre lá. Um bom tempo passou. E, ele, só de olhar para ela sentia cansaço. Quis terminar o romance. Ela? Não. Bateu o pé. Já estava acostumada ao colo, ao consolo, ao cuidado. Não teve jeito. Ele partiu para o litigioso. Em meio às discussões banhadas em dores o processo correu. Foi mais rápido do que ele imaginava. Enfim: a separação! Um alívio. Agora sim! Naquela noite ao deitar sentiu um cheiro que nunca tinha sentido, pelo menos não se lembrava. Ao acordar olhou para o lado da cama que a ausência costumava ocupar. Sentiu-se só.
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