Era nada
Um nada de prazer
Um nada de vazio incompreensível
Porque se afastara dela assim,
Como se não reconhecesse suas mãos e pernas
Mas iria voltar,
Iria morrer esta
E renascer a outra
Outra, que era ela...
Abertas todas as cascatas dentro dela
Iria fechar todas,
Se não todas, ao menos ficaria uma
Ou duas,
Para lembrá-la como foi ausente um dia,
Da sua própria carne.
Ela não queria pensar na pele
Havia algo de muito vidro
Faltava muito de um pouco de poesia
Se descascou sem querer das mordaças
Não sabia como haviam posto ali,
Em sua língua de felicidade.
Bateu os pés,
Sacudindo as ultimas gotas de saudade
Do seu vestido anil,
Choveu.
Choveu tanto que encharcou a alma
De uma água quente que não tinha nome
De uma liberdade estática, que não precisava correr
A dor, nunca existiu
Porque não se sente dor quando não está ali
Logo depois que entendeu,
Caminhou apressada para dentro de si
_ A felicidade chega
logo, pensou
Enfeitou sua cama, lavou os acentos,
Pendurou seu sorriso, no canto mais claro
Se fez dona de si outra vez,
E da sua casa, sua vida e sua paz.
Chuva Encantada
ResponderExcluirÀs vezes quando chove parece que o dia chora
Chora as decisões reprimidas
E as Madalenas arrependidas
Chora a vida, chora a morte
E chora as dores vividas
Jorra tanta água abaixo
Que parece até partida
Lágrima é pranto
Mas também tem seu encanto
E jorrando essa água toda
Me perdi em pensamentos
E vi que o que dói hoje
Logo passa com o tempo
http://faiscador.blogspot.com.br/2011/04/chuva-encantada.html