Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão...” (Drummond)
Gosto de deslizar entre as raízes entrelaçadas, enamoradas
............................filacantos..............................Esgueirar-me por suas entrâncias e reentrâncias dilaceradas
Colher um pouco do néctar intenso ora aqui ora acolá
Para explodir em arbusto híbrido sobre o solo árido
Gosto de sentir o pulsar do corpo no movimento circular,
...........................sinuoso....................................
Do silêncio recôndito, a deglutir vidas em ceifa atemporal Aconchegar-me a quem ali adormece calmamente, na vigília
Ouvir os sussurros de quem geme na brisa noturna
Gosto de saciar a sede nos pequenos veios venosos,
.............................embriaguez.......................................Cambalear no tiro disparado sem direção e sem alvo uno
Deixar livros, amigos, riquezas, vergonhas...dançar velado
Deixar que minha face triste, magra e que meus olhos
.................................vazios................................................Nem dêem por suas mudanças simples, certas e fáceis
Brincar de querer ser aquilo que a gente não é, quem sabe...ir além.
DUAS CARAS
ResponderExcluirDeus e o diabo na terra do sol.
Peter Pan e a terra do nunca.
O peixe cardume Moby Dick,
A rede, o arpão e o anzol.
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ResponderExcluirSimples Enganos (Romy)
ResponderExcluirQuando imbuído de insegurança
Externamente travestida de orgulho
Tomado torna-se o pobrezinho
Em terra delira quixotescamente
Mãos, pernas e costas apoiadas
Salvação em escombros a boiar
Burla em si mesmo a legalidade
Fragilidade ancorada noutros mares
Capaz fosse de extrapolar a couraça
Explodindo em cores e viva nuance
Ao longe veríamos rastros de liberdade
A varrer o céu em noite nevada
Que fazer se assim é dominado
Que fazer se assim domina
Dentro dos limites da possibilidade
A cabeça tranqüila acolhe o travesseiro
E ele que pensava dominar o mundo
Com palavras, faz senão dominar
A si mesmo com engodos
Que insiste arraigar geração após geração