Do sul, Américas



LISARB – BRASIL – ANAGRAMAS

SALRIB (onde o ribeirão encontra o mar, água doce-salgada, agridoce céu da boca)

LISARB (Lisboa Arborescente, mais-valia Pau Brasil, tantas plantas mais)

A passagem de Kronos, o nome que lhe deram, ou os nomes que lhe dão, vou chamá-lo de Macunaíma, bater o cartão, a hora da novela, deus ajuda quem cedo madruga, o apito da fábrica, a ambiguidade do crepúsculo, toque de recolher na favela, que preguiiiiiiiiça...

Ama o Brasil, aquilo que é brasileiro. Quando a gente ama não tem erro, Amor é Roma, amar é rama, mas quem ama no presente contínuo é palíndromo. Amor caleidoscópio, envolvente colcha de retalhos.

O caminho do guerreiro, o mundo dos negócios, e viva o espetáculo! (Um minuto de silêncio). Territórios incrustados, a Terra de ninguém. Coração navio pirata, pedaço de madeira ao náufrago em mar revolto, as ondas e o cais.

A Oca é morada de corpos milenares, hoje denominados indígenas, mas o Brasil é uma cerca oca, recheada de um povo informe, múltiplo e variado.

O Brasil é língua pátria, Patativa do Assaré, onde se ouve o canto dos sabiás. Português brasileiro, ou deveria ser português-africano... indígena? Mas os troncos linguísticos indígenas também são muitos e variados...

Ainda mais quando se fala de esportes, de artes, de política, da perícia dos indivíduos marcantes e coletivos diferenciados, nos iluminam, afetam e contaminam, síndrome de Policarpo Quaresma. Amar o Brasil é o começo, ou o que nos resta?

Ainda ecoa a voz amarga na terra amada, “ame-o, ou deixe-o”!



soundtrack: Tempo Perdido, Legião Urbana

2 comentários:

  1. 1:35

    http://www.youtube.com/watch?v=-plP2lUc-t4&feature=youtu.be

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  2. “Eu, na verdade, tinha horror àquela coisa. Não tinha saco para a teoria da dependência e não gostava da teoria do Brasil. Achava de uma arrogância absurda enunciar a verdade sobre o que o povo deve ser, o que o povo deve fazer. Isso de teorizar o Brasil é uma coisa que a classe dominante sempre fez. Quem fala ‘Brasil’ é sempre alguém que está mandando. Seja para fazer revolução de esquerda, seja para soltar os gorilas da ditadura na rua. E aqueles caras… Eu ficava pensando: eles querem as mesmas coisas que os militares. Só que querem ser eles a mandar. Vai ser um quartel, isso aqui.”

    Eduardo Batalha Viveiros de Castro, em "O antropólogo contra o Estado"

    http://umaincertaantropologia.org/2014/01/06/o-antropologo-contra-o-estado-piaui/

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