Acima das nuvens claras
Sob seu manto escarlate
Resta-nos apreciar o voo deslumbrante
Suave, levado ao sabor do vento
Olhos voltados aos céus
Pinço cada movimento
Mente anestesiada a vagar em cada rodopio
Os pássaros azuis voam
O vôo dos anjos redimidos
E eu, mero mortal, adormeço
Embriagado com tanta altivez
Clamo aos céus um pouco de paz
E vou me retroalimentando do voo
Néctar sugado por fino fio condutor
Cordão umbilical que ainda me liga a ti
Durmo com a avidez
Do desejo incessante de acordarE ver que sonhar acordado
É dor que aprisiona a alma,
Embarga o choro e contém o riso frouxo
Melhor, muito melhor seria
Dormir e não mais acordar
Sem ti, meu eterno amor
Os pássaros entregam-se ao vento
E bailam sorridentesAo som da melodia estonteante do universo
E eu aqui, colada a ti
Cravo as unhas nas paredes úmidas
E escalo, passo a passo, de quatro
A montanha vertiginosa que me conduz
Para mais perto de ti, para mais longe de mim.
Os pássaros azuis voam
Voo com eles, pássaro que souMantenho as asas caladas, coladas
Prontas para alçar voo na tempestade
Olhos postos em ti, tristes lamentam
O tempo é soberano
A dádiva é passageira
Os pássaros azuis, ainda voam.
CAVALOS
ResponderExcluirRiem
Relincham
Suam
E correm
Dentadura
Ferradura
Duro ferro
Coice foice
E foi-se.
Esporas
Céu
Mato
e cela
Rasgo
trilha
jornada
e morte
Fome
Ponte
Caminhar rio
cruzar trilha
céu à vista
horizonte