“Batidas
na porta da frente
É o tempo.
Eu bebo um
pouquinho pra ter argumento...” (Resposta ao Tempo, Aldir Blanc)
Acordava
intermitentemente durante a noite, sonhava estar só. A angústia rasgava a
garganta em gritos alucinados que ecoavam na noite quieta e morna.
Os gritos
arrancavam do sono profundo, repentinamente, a filha em sentinela, o coração de
quem espera por notícia ruim a qualquer momento galopava no peito. Após breve
pausa, a serenidade voltava ao lar, já envelhecido com suas histórias devidamente
marcadas no compasso de cada rachadura a correr pelas paredes.