As vezes paro.
As canetas param.
O teclado para.
A cabeça não.
Me deparo,
Me debato,
Tento em vão me sossegar.
Disfarço.
Capital e perseguidos
Social e peregrinos
Ah, florestas devolutas dos nossos “eus”
Desisto.
Seguir a linha, a marcha, tocar corneta
Seguir dançando
Dormir cegando...
Cegar a alma, o espirito, a consciência.
Não, nego, nego, nego.
Não nego onde estamos
O que devo
O que recebo
E o que não paguei...
Redesisto. Era só tentativa.
Falha. Engano individual.
Ser desistente de desistir do mundo dói.
Mas dói menos que conseguir desistir.
Sigo. Assumindo que não desisto.
Porque pior que cegar a alma é fingir não tê-la.
Alma, rio, barro, prótons...seja lá
O que seja que vai dentro.
Só sei que há.
E havendo. Vejo, vejo muito.
E vendo. Percebo, percebo o mundo.
E o mundo. Mudifica, mudifica a gente.
E a gente. Vira gente, a todo instante.
Muita gente. Caminhante.
Não desisto. Desistindo, não sou gente.
E sendo gente. É muita gente.
E não eu apenas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Neste jogo autoral não são permitidos comentários aos textos. Este formulário de comentários deve ser utilizado exclusivamente para postar textos autorais ou de autoria de terceiros, inspirados diretamente na (ou lembrados a partir da) postagem a ser comentada. E mesmo os que não estejam cadastrados como jogadores-autores podem postar textos nos comentários. Contamos com a colaboração de todos para o bom andamento do jogo.